Há homens que marcam irremediavelmente a história da humanidade. Homens que pela sua vontade de vencer mudam os paradigmas estabelecidos. Homens para quem dizer: "É assim porque sempre foi assim" não chega. Colin Chapman é um desses homens.
Nascido em 1928 nos arredores de Londres, desde muito novo se interessou por questões técnicas. Chapman foi piloto da RAF antes de entrar para engenharia de estruturas na University College London. Os conhecimentos aeronáuticas que ganhou foram fulcrais para a sua carreira, especialmente na forma como inovou a Fórmula 1. Começando por modificar automóveis, rapidamente viu as suas ideias ganharem sucesso. Tal sucesso que criou a marca Lotus conseguindo através do Lotus 7 posicionar a sua marca como uma referência no mundo automóvel. Com o passar dos anos e um espírito perfeitamente insatisfeito consegue "apenas" 7 campeonatos de mundo de Fórmula 1, uma vitória nas 500 milhas de Indianápólis. E tudo isto entre 1962 e 1978.
Chapman era um génio! As suas inovações técnicas são, ainda hoje, usadas todos os domingos no campeonato do mundo de fórmula 1. Aquilo que os seus principais competidores apenas compreenderam anos mais tarde deram a Colin Chapman uma vantagem competitiva que permitiu ganhar corridas... muitas corridas. Exímio na arte de controlar o vento, compreendeu como ninguém a melhor forma de fazer a aerodinâmica jogar a seu favor. Asas dianteiras e traseiras, sistema de "downforce" e o duplo chassis deram vitórias e deixaram muitos rivais na retaguarda. Como se não bastasse foi o grande iniciador do motor que hoje alimenta a Fórmula 1, a publicidade. Chapman entendeu rapidamente que sendo um desporto visionado por milhões, os seus bólides poderiam ser óptimos veículos publicitários. Começa com a John Player Special uma relação proveito$a de anos que dita o fim das cores associadas a cada país.
Chapman, tal como Enzo Ferrari sabia que precisava de vender carros para poder correr. E para gozo de muitos condutores, aplicou grande parte das suas ideias nos seus carros de estrada. Uma fórmula simples e eficiente como baixo peso e grande maneabilidade fizeram da Lotus uma referência mundial. Prova disso são os Elite, Elan, Europa, Esprit... e mais tarde Exige e Elise! Automóveis todo eles começados com E, porque para Chapman tudo era "E"lementar, meu caro Watson!
1 comentário:
O primeiro patrocinador da Lotus foi a marca de tabacos Gold Leaf, pertencente à British Imperial Tobacco, em 1968. O acordo contemplava ainda os carros de F2 e F3 que Colin Chapman fazia correr na época. A John Player Special, também uma marca da BIT, aparece em 1971 sendo muito provavelmente a ligação mais conhecida entre uma marca e uma equipa de F1. Ainda hoje há quem pense que a John Player Special continua a patrocinar um carro de F1.
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